PRIMEIRA EDIÇÃO DE 21-10-2017 DO 'DA MÍDIA SEM MORDAÇA'

NA COLUNA DO CLÁUDIO HUMBERTO
Sábado, 21 de Outubro de 2017
Com redução de pena, Argello pode sair em 1 mês
Se for confirmada a redução de pena do ex-senador Gim Argello para 11 anos e 08 meses de reclusão, logo o político do Distrito Federal estará em liberdade, graças aos benefícios da progressão de pena. Como é réu primário, ele pode pretender a liberdade após concluir um sexto dessa pena, que corresponde a 1 anos e 11 meses. Ele está preso desde abril do ano passado, ou seja, há 1 ano e 10 meses.
Moro foi implacável
Argello foi condenado pelo juiz Sérgio Moro a 19 anos pelos crimes de corrupção passiva, lavagem de dinheiro e obstrução da Justiça.
Menos um crime
Dois dos três juízes do Tribunal Regional Federal da 4ª Região absolveram Gim Argello do crime de obstrução, reduzindo sua pena.
Dia 7 será o ‘dia D’
João Gebran Neto e Leandro Paulsen votaram pela redução, e Vitor Laus, terceiro juiz da turma, pediu vista. A decisão final será no dia 7.
Riscos presentes
Podem frustrar a expectativa de Argello a súbita condenação em outra ação, ou se os juízes do TRT desistirem de absolvê-lo da obstrução.
Governo desiste de propaganda usando a Seleção
A Presidência da República autorizou a gravação de vídeo para testar uma ideia de marqueteiro que acabaria descartada: usando a linguagem do futebol, mostra que o governo Michel Temer tem feito “golaços” na economia. O vídeo não usaria qualquer personagem do futebol, mas apenas imagens da Seleção Brasileira. Não ficou bom, por isso a Secretaria de Comunicação do Planalto mandou arquivar a ideia.
Sem personagens
O filme usava imagens da Seleção. Mas, ao contrário do que se divulgou, sem menção a qualquer técnico, Tite, Felipão ou Dunga.
Números positivos
O vídeo mostrava torcedores assistindo a um jogo em que os números positivos da economia eram comemoradas como gols.
Carapuça
Felipão ameaçou processar o governo se fosse citado na comparação do Brasil dos 7x1 com o Brasil de Tite. Mas ele não seria personagem.
Os piores políticos
O pior político, diz o site Ranking dos Políticos, é o senador Ivo Cassol (PP-RO), em 593º lugar. Lindbergh Farias (PT-RJ), em 589º, conseguiu ser mais mal avaliado que Aécio Neves (564º) e Renan Calheiros (563º).
PSDB bem na fita
O tucano Luiz Carlos Hauly (PR) é o deputado mais bem avaliado, no Ranking dos Políticos. Daniel Coelho (PE) é o 4º e João Gualberto (BA) o 6º. No top 10, só o deputado Carlos Gomes (PRB-RS) não é tucano.
Greve em polícia é ilegal
Sindicalistas policiais civis tentaram emplacar outra greve na sexta-feira passada, mas não deu certo. Eles sabem que greve em polícia é ilegal, segundo entendimento reafirmado em março pelo Supremo Tribunal Federal.
Expectativa
No 1º trimestre de 2017, 48% dos empresários estavam confiantes que demandariam crédito para fazer investimentos. Agora no 3º trimestre, caiu a expectativa caiu para 37%. Os dados são de pesquisa do SCPC.
E a crise?
O Ministério do Planejamento reforçou com R$5,9 bilhões o orçamento de órgãos como STJ, Justiça Federal e Justiça do Trabalho, Ministério Público da União, além de outros ministérios, estados e municípios.
Sai dessa
Internautas tentam mobilizar usuários de redes sociais a realizar uma manifestação no próximo dia 15 de novembro, Dia da República, pela “intervenção militar”. O abaixo-assinado tem apenas 27 adesões.
Comparação
Após acabar o e-Sedex, os Correios celebram R$1,8 milhão faturados em 2017 com o Correios Log+, que faz entregas do comércio eletrônico a (apenas) 6 estados. Só a Latam Cargo faturou R$1 bilhão em 2016.
Crime avança em Sergipe
O presidente da OAB de Sergipe, Henri Clay Andrade, não tem dúvidas de que a ausência no governo Jackson Barreto de um projeto de segurança pública preventiva fez do Estado o mais violento do País.
Pensando bem...
...condenado pela terceira vez na Lava Jato, o ex-governador Sérgio Cabral já pode pedir música no Fantástico.

NO DIÁRIO DO PODER
Sérgio Cabral é condenado pela terceira vez na Lava Jato

Publicado sexta-feira,  20 de outubro de 2017 às 18:47 - Atualizado às 18:57
Redação
O juiz federal Marcelo Bretas, da 7ª Vara Federal do Rio de Janeiro, condenou nesta sexta-feira, 20, o ex-governador do Rio Sérgio Cabral (PMDB-RJ), a 13 anos de prisão por lavagem de dinheiro na Operação Mascate, desdobramento da Operação Lava Jato. Esta é a terceira condenação do peemedebista na Lava Jato.
A Operação Mascate apurou a lavagem de dinheiro do esquema por meio de concessionárias e da compra de imóveis.
Apontados pelo Ministério Público Federal (MPF) como operadores de Cabral, Carlos Miranda foi condenado a 12 anos de prisão também por lavagem de dinheiro e Ary Ferreira da Costa Filho, a 9 anos e 4 meses por lavagem de ativos e por pertencimento a organização criminosa.
Bretas, no entanto, absolveu Cabral e Ary Ferreira de dois atos de lavagem de dinheiro, envolvendo dois automóveis.
A denúncia diz que Ary e Miranda, com a anuência de Cabral, dissimularam a origem e a propriedade de R$ 3,4 milhões, entre 30 de agosto de 2007 e 23 de julho de 2014, convertendo em ativos lícitos dinheiro oriundo de propina, por meio da transferência de recursos das empresas Eurobarra Rio e Américas Barra Rio, do delator Adriano Martins, para a empresa de Carlos Miranda.
Outras condenações
Sérgio Cabral já havia sido condenado pela Justiça Federal do Rio e também do Paraná. Em setembro, Marcelo Bretas impôs 45 anos e 2 meses de prisão na Operação Calicute, desdobramento da Lava Jato, por corrupção passiva, lavagem de dinheiro e pertinência à organização criminosa.
O peemedebista tem uma primeira condenação imposta pelo juiz Sérgio Moro – 14 anos e 2 meses de reclusão, por corrupção passiva, lavagem de dinheiro
.


NO BLOG DO JOSIAS

Sob Temer, 200 ruralistas presidem 200 milhões

Por Josias de Souza
Sábado, 21/10/2017 01:30
Michel Temer adotou um novo modelo de administração. Governa o País seguindo o método conhecido como do ‘vai que cola’. Fraco e impopular, o presidente é refém de apoiadores arcaicos. Para se manter no Planalto, Temer faz qualquer negócio. No seu governo, as coisas não são certas ou erradas. Elas são absorvidas ou pegam mal. A portaria que dificulta o combate ao trabalho escravo pegou mal. Pegou muito mal. Ao perceber que a coisa não colou, Temer ensaia um ajuste na pose.
Aconteceu a mesma coisa com um decreto de Temer para a exploração mineral numa área de reserva na Amazônia. O presidente anunciou a novidade de supetão. Pegou mal. Temer mandou refazer o decreto. Não colou. Submetido a uma gritaria internacional, Temer revogou o decreto e saiu de fininho.
O que assusta no governo Temer não é a sua crueldade. Se os primeiros meses da atual gestão ensinaram alguma coisa é que ninguém deve esperar qualquer tipo de hesitação altruísta do PMDB. Temer avança ou recua segundo a moral da sobrevivência. Assustadora mesmo é a sina dos brasileiros. Depois de serem despudoradamente assaltados por sucessivos governos, os mais de 200 milhões de brasileiros passaram a ser governados por 200 deputados da bancada ruralista da Câmara, cuja prioridade é escravizar Temer para levar o Brasil até o Século 16.

Ministro critica novela, mas no STF é muito pior
Por Josias de Souza
Sexta-feira, 20/10/2017 19:50
Em palestra na Escola Paulista de Magistratura, o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, criticou o modo como o crime é retratado na novela ‘A Força do Querer’. Para ele, há um quê de glamour nas cenas da personagem Bibi Perigosa, interpretada por Juliana Paz.
Eis o que disse Moraes: a novela “mostra aqueles bailes funk, fuzil na mão, colarzão de ouro, mulheres fazendo fila para os líderes do tráfico, só alegria. Aí mostra a Bibi, que se regenerou, ela tentando procurar emprego e não conseguindo. Qual é a ideia que é dada? Que é melhor você não largar. Enquanto você não larga, você tá na boa. É uma valorização. Aí podem dizer que essa é a realidade. Mas tá passando isso de uma forma glamorizada.”
Ex-secretário de Segurança do governo tucano de São Paulo, ex-ministro da Justiça do governo do PMDB, Alexandre de Moraes chegou ao Supremo por indicação de Michel Temer. No julgamento sobre a limitação da abrangência do foro privilegiado, o doutor pediu vista do processo, retardando a definição — já lá se vão 142 dias. No caso das sanções cautelares contra parlamentares, Moraes votou a favor da tese que desaguou na restituição do mandato a Aécio Neves.
A sorte de Moraes é que Glória Perez é uma senhora bem-posta. Do contrário, a autora da novela 'A Força do Querer' poderia responder ao supremo crítico de sua ficção com uma observação ligeira sobre a programação da TV Justiça. Glória diria algo assim sobre a emissora oficial do Judiciário:
“Mostra aquelas sessões plenárias do Supremo, Constituição na mão, toga sobre os ombros, poderosos fazendo fila à espera de sentenças que nunca chegam, só alegria. Aí mostra o Aécio, que se safou. A Primeira Turma tentando impor sanções e o plenário impedindo. Qual é a ideia que é dada? Que é melhor você não largar o foro privilegiado. Enquanto você não larga, você tá na boa. Aí podem dizer que essa realidade precisa mudar. Mas sempre haverá um ministro no Supremo para pedir vista do processo e declarar, com glamour: 'Tem que manter isso'!”

Sujo, Renan ironiza na web Temer, o mal lavado
Por Josias de Souza
Sexta-feira, 20/10/2017 18:22
Dono de um currículo penal invejável, Renan Calheiros, estrela de 16 inquéritos e réu numa ação penal, sentiu-se à vontade para fazer troça na internet com Michel Temer, primeiro presidente da História a arrostar duas denúncias por fatos vinculados à corrupção.
Renan achou “engraçado” um parecer enviado ao Supremo Tribunal Federal pela doutora Raquel Dodge. Nele, a procuradora-geral da República sustenta que há 51 milhões de motivos para manter Geddel Vieira Lima atrás das grades.
A certa altura, Dodge anota que Geddel parece ter assumido posição de líder de organização criminosa constituída para assaltar o erário. E Renan: “Nunca soube que Geddel era o chefe. Para mim, o chefe dele era outro.”
Considerando-se que Temer, Renan e Geddel integram diferentes facções da mesma falange partidária, a plateia fica com a incômoda sensação de que sucede nos porões do PMDB algo muito parecido com o que ocorre na favela da Rocinha: uma disputa pelo controle do território.

NA VEJA.COM
Os ministros do TCU, o iate e a mansão de Joesley
Vital do Rêgo e Bruno Dantas, acompanhados das mulheres, passaram o fim de semana numa ilha paradisíaca à custa da JBS — a empresa que eles investigavam

Por Rodrigo Rangel e  Daniel Pereira
Sábado, 21 out 2017, 07h01 - Publicado em 21 out 2017, 07h00
Em meados do ano passado, a Lava Jato já havia deflagrado três dezenas de operações. As empresas do grupo J&F, dos irmãos Joesley e Wesley Batista, ainda não haviam caído na teia, mas já eram alvo de investigações que apuravam suspeitas de pagamento de propina para obter financiamentos no BNDES e na Caixa Econômica Federal. Na época, longe de Brasília, no píer de uma mansão em Mangaratiba, no Rio de Janeiro, uma pequena lancha aportou para apanhar um grupo que havia chegado para um fim de semana de lazer. Todos a bordo, a embarcação rumou mar adentro, até encontrar o iate Why Not. Para os ministros Vital do Rêgo e Bruno Dantas, ambos do Tribunal de Contas da União (TCU), era o começo de um animado dia de mordomias, com boa comida, champanhe e vinho da melhor qualidade, tudo diante de uma paisagem deslumbrante.
Joesley já confessou ter habilidades especiais para corromper. Quando não pagava propina para atingir seus objetivos, usava outras artimanhas para capturar a simpatia de figuras importantes do poder. Não foi por outra razão que o empresário convidou os ministros para o passeio no sábado, 11 de junho de 2016, quando o TCU já analisava os empréstimos suspeitos dos Batista. Combinar o encontro com Bruno Dantas e Vital do Rêgo foi relativamente fácil. O empresário ficara sabendo que os dois estavam no Rio, onde haviam participado, na véspera, de um seminário. O convite foi feito — e aceito.
No iate de 10 milhões de dólares, o grupo foi recebido pelo próprio Joesley. Antes de eles se reunirem em torno de uma mesa de queijos, o dono da JBS, hoje preso, apresentou a embarcação, de 30 metros de comprimento, três andares, quatro quartos (incluindo uma suíte de 20 metros quadrados), cozinha, sala de estar e um amplo deque com jacuzzi.
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NO O ANTAGONISTA
A “Quinta Sem Lei” de Michel Temer
Brasil  Sábado, 21.10.17 09:48
O mesmo grupo que se reunia no Lago Sul, região nobre de Brasília, para articular o impeachment de Dilma Rousseff agora se reúne para impedir o afastamento de Michel Temer.
Trata-se do grupo batizado de G-8 pelo deputado anfitrião Heráclito Fortes (PSB-PI), de 67 anos. G de “geriátrico”, explicou ele ao Estadão, devido à faixa etária dos integrantes:
“Jarbas Vasconcelos (PMDB-PE), 75 anos, e José Carlos Aleluia (DEM-BA), Rubens Bueno (PPS-PR), e Benito Gama (PTB-BA) – os três com 69 anos. Dois dos participantes se tornaram ministros de Temer: Mendonça Filho (Educação), 51 anos, e Raul Jungmann (Defesa), 65 anos.”
“Temer (77) sentou ali na terça-feira (17). O Moreira Franco (73) do lado”, apontou Fortes – o “Boca Mole” das planilhas da Odebrecht –, que chama o dia dos encontros de “Quinta Sem Lei”.
É mesmo um nome sugestivo.
O colchão de Marisa Letícia
Brasil 21.10.17 07:32
“A única conclusão possível, a conclusão inequívoca é de que o pagamento foi feito em dinheiro.”
Foi o que alegou o advogado Cristiano Zanin, que defende Lula, ao UOL, sobre o aluguel do apartamento vizinho ao dele em São Bernardo do Campo, custeado, segundo as investigações, com propinas da Odebrecht.
É a primeira vez que a defesa de Lula afirma que o pagamento foi feito em espécie. Mas diz não ter como confirmar detalhes sobre as circunstâncias, já que a responsabilidade era da ex-primeira-dama, Marisa Letícia.
“Provamos a movimentação financeira, recibo de aluguel, apresentamos o carnê-leão”, disse a advogada Valeska Teixeira Martins.
A culpa é sempre da Marisa, que tinha dinheiro guardado no colchão.
Compram-se ausências
Brasil 21.10.17 08:45
Com a perspectiva de ter menos do que os 263 votos que salvaram Michel Temer da primeira denúncia, o Planalto montou uma operação para convencer os deputados contrários ao presidente a não irem votar desta vez, informa o Painel da Folha.
“O pior cenário para Temer seria um placar com mais votos contra do que a favor. Ainda que seja insuficiente para levar a denúncia adiante – o que demandaria 342 votos –, resultado tão adverso denotaria extrema fragilidade.”
Adeus, privatizações
Brasil 21.10.17 08:26
O Globo informa que Michel Temer desistiu de fazer a concessão de 14 aeroportos no seu mandato, alterando o cronograma do Programa de Parcerias de Investimentos (PPI).
Em troca de votos para derrubar a segunda denúncia da PGR contra ele na Câmara dos Deputados, o presidente atendeu ao Partido da República (PR), comandado por Valdemar Costa Neto (SP), evitando assim mexer com a Infraero, hoje nas mãos da legenda.
“Com a decisão, a equipe econômica não poderá mais contar com uma receita entre R$ 8 bilhões e R$ 10 bilhões para ajudar a fechar as contas em 2018. (…) Segundo um integrante da equipe econômica, a retirada de Congonhas da lista vai exigir um corte ainda maior no Orçamento de 2018. O governo também não terá dinheiro para pagar o reajuste dos servidores públicos, destacou a fonte.”
Mas a boquinha do Valdemar é mais importante para o presidente.
A razão de Gilmar
Brasil 21.10.17 08:13
Gilmar Mendes comentou no Twitter a repercussão da portaria que alterou a definição do que pode ser enquadrado como trabalho escravo no Brasil:
“Combater o trabalho escravo é fundamental. Mas nem toda irregularidade trabalhista merece o tratamento de escravidão.
A interpretação das expressões ‘jornada exaustiva’ e ‘condições degradantes de trabalho’ não pode ser ideologizada.
Só no Brasil, altura de beliche e tamanho de armário geram discussão sobre trabalho escravo.”

Às vezes, até Gilmar Mendes tem razão.
A bíblia do sócio de Lulinha
Brasil 21.10.17 08:05
O contrato “inflado” entre a Oi e o Grupo Gol era para que a empresa Goal Discos fornecesse o conteúdo da “Bíblia na voz de Cid Moreira” para um portal de voz da telefônica, segundo a Folha.
Esse contrato foi o responsável por 40% dos R$ 66 milhões repassados pela Oi a empresas do Grupo Gol, de Jonas Suassuna, sócio de Lulinha.
Ex-diretor do grupo, Marco Aurélio Vitale disse ao jornal que havia outros dois ou três contratos ‘guarda-chuva’ para garantir os repasses.
Tudo em nome do Senhor.
O contrato ‘inflado’
Brasil 21.10.17 07:48
Pelo menos um dos contratos firmados entre a Oi e o grupo empresarial de Jonas Suassuna, sócio de Lulinha, gerou prejuízo milionário à telefônica.
É o que indica planilha anexada em um e-mail enviado pela Oi ao Grupo Gol, segundo a Folha.
“De acordo com os dados, a empresa de telefonia arrecadou apenas R$ 21,1 mil com um conteúdo produzido pela Goal Discos num período em que teve de pagar R$ 16,8 milhões à firma de Suassuna.
O contrato usado como base para esses pagamentos é um dos firmados ‘sem lógica comercial’ pelas duas empresas, de acordo com Marco Aurélio Vitale, ex-diretor do grupo, para beneficiar a família do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
O contrato foi assinado em janeiro de 2009, dois meses após Lula assinar decreto que viabilizou a compra da Brasil Telecom pela Oi.”

Era muita gratidão.
A fachada de Lulinha
Brasil 21.10.17 07:12
Marco Aurélio Vitale, ex-diretor comercial do grupo empresarial de Jonas Suassuna, disse à Folha que empresas foram usadas como fachada para receber recursos da Oi direcionados a Fábio Luís Lula da Silva, o Lulinha, e seus sócios.
O Grupo Gol – que atua nas áreas editorial e de tecnologia e não tem relação com a companhia aérea de mesmo nome – mantinha contratos “sem lógica comercial”, segundo Vitale, tendo como único objetivo injetar recursos da empresa de telefonia nas firmas de Suassuna.
“A Gol conseguiu um tratamento que não existe dentro da operadora.”
Segundo relatório da Polícia Federal, as empresas de Suassuna receberam R$ 66,4 milhões da Oi entre 2004 e 2016.
“Aqui é para ganhar dinheiro e não fazer nada”
Brasil 21.10.17 07:22
Marco Aurélio Vitale, ex-diretor comercial do Grupo Gol, de Jonas Suassuna, disse à Folha que a receita que existia era da Oi.
“Diretores sabiam que existiam contratos e receitas milionárias, mas nunca ficou claro quanto e pelo quê a Oi pagava. Um deles um dia me viu muito agitado, trabalhando muito ainda no início, e disse: ‘O que você está fazendo? Aqui é para ganhar dinheiro e não fazer nada.’ Porque tinha os contratos com a Oi. Eu corria atrás. Mas a percepção que eu tinha era que os inimigos políticos não faziam negócio, e os amigos não faziam com medo de se comprometer.
Mais:
“Os projetos não passavam pela área de compras, não existia proposta, e eram valores muito elevados tratados e aprovados diretamente pela presidência da Oi. Toda vez que mudava o presidente da Oi, existia um esforço do Jonas, do Kalil [Bittar], e muitas vezes do Fernando [Bittar], de ir até a presidência, fazer reuniões. Dava para notar que tinha que explicar por que se pagava dinheiro tão alto para negócios que não tinham fundamento. Era como se fossem pagamentos com compromisso de realização sem lógica comercial.”
Vitale disse não ter participado de atos ilícitos e quer escrever um livro, cujo nome provisório é “Sócio do filho”. O filho de Lula.
STJ rejeita novo pedido de liberdade de Eduardo Cunha
Brasil Sexta-feira, 20.10.17 20:57
Rogerio Schietti Cruz, ministro do STJ, negou pedido de liberdade feito pela defesa de Eduardo Cunha, informa o site do tribunal.
Detido em outubro de 2016 por ordem de Sérgio Moro, o ex-presidente da Câmara está cumprindo pena de 15 anos e 4 meses de prisão no âmbito da Lava Jato.
Com a Operação Sépsis – que investiga fraudes na liberação de financiamentos com recursos do FGTS–, Cunha teve nova ordem de prisão decretada, dessa vez por Vallisney Oliveira, da 10ª Vara Federal em Brasília.
O pedido de liminar rejeitado hoje foi apresentado pelos advogados do ex-deputado após novo decreto de prisão preventiva emitido pelo juiz Vallisney.
STF pede registros de visitas de amigos de Temer ao Planalto
Brasil 20.10.17 20:45
O STF solicitou a Moreira Franco que lhe envie os registros de acesso de cinco pessoas ao Palácio do Planalto em 2017, informa a Época.
O grupo inclui João Baptista Lima Filho, o “coronel Lima”, e José Yunes, amigo e ex-assessor de Michel Temer.
Os cinco são investigados pela PGR pela suspeita de atuar para aprovar legislação de interesse de empresas do setor portuário.
Contador de Glaucos fez o IR de Lula e Marisa
Brasil 20.10.17 18:49
João Muniz Leite disse à Veja que, entre 2001 e 2015, fez as declarações de Imposto de Renda tanto de Glaucos da Costamarques quanto de Lula e Marisa.
Muniz Leite é o contador que, como comprovam os registros do Sírio-Libanês, foi visitar o primo de José Carlos Bumlai no hospital, no final de 2015, para que ele assinasse de uma vez vários recibos de aluguel do apartamento em São Bernardo.
Glaucos, porém, diz não ter recebido nada pelo aluguel até o final de 2015 – o que, segundo a Procuradoria, reforça que ele é laranja de Lula e que o apartamento foi presente da Odebrecht.
Muniz Leite não sabe dizer se os pagamentos foram feitos de fato.
“Eu fazia o Imposto de Renda de ambas as partes, tinha conhecimento de que um pagava e que o outro recebia. Agora, como pagava e em que local, aí eu desconheço. Eu atuava meramente como um executor do IR. Não era mentor nem controlador de absolutamente nada.”

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