PRIMEIRA EDIÇÃO DE 20-10-2017 DO 'DA MÍDIA SEM MORDAÇA'

NA COLUNA DO CLÁUDIO HUMBERTO
Sexta-feira, 20 de Outubro de 2017
Fracassa pacote de ‘desburocratização’ de Temer
Órgãos dos três poderes ignoram solenemente as medidas anunciadas em maio pelo próprio presidente Michel Temer, de desburocratização da administração federal. Informações que se encontram na base de dados de órgãos federais deixariam de ser exigidos dos cidadãos, por exemplo. Cinco meses depois de anunciadas, as medidas de Temer não foram implantadas ou não são respeitadas em órgãos federais.
Passaporte como exemplo
Michel Temer até citou em maio, como exemplo da simplificação a ser implementada, a redução de exigências para emissão de passaportes.
Passaporte não é exemplo
A Polícia Federal ainda exige comprovantes de quitação eleitoral e de alistamento militar, na solicitação de passaporte.
Declaração é ficção
O decreto 9.094, de julho, prevê que declaração escrita pelo cidadão substitui comprovante de quitação eleitoral. Isso também é ignorado.
Conselho de quê?
Criado em março para se reunir a cada 3 meses, o Conselho Nacional para Desburocratização foi instalado em junho. Não se falou mais nele.
Projeto é Justiça Federal incorporar a do Trabalho
A extinção da Justiça do Trabalho, discutida em caráter reservado na Câmara dos Deputados, levaria à absorção de todo o seu pessoal, incluindo magistrados e servidores, pela Justiça Federal. Haverá casos de carreiras que serão submetidas a processo de requalificação, para assumir as novas funções. Ministros do Tribunal Superior do Trabalho (TST) assumiriam cadeiras no Superior Tribunal de Justiça (STJ).
Mudança substantiva
Com o fim da Justiça do Trabalho, como querem os deputados, as varas trabalhistas seriam transformadas em varas federais.
Grande reforço
Apesar da pretendida extinção da Justiça do Trabalho, ninguém perderia o emprego. E a Justiça Federal ganharia enorme reforço.
Provocação
Na presidência da Câmara foi recebida como provocação a notícia de que procuradores do Trabalho ameaçam boicote à reforma trabalhista.
Gim: pena reduzida
Dois dos três juízes do Tribunal Regional Federal da 4ª Região que julgam recursos da Lava Jato reduziram de 19 anos para 11 anos e 8 meses a pena do ex-senador Gim Argello. A decisão final será no dia 7.
Absolvidos na Lava Jato
Absolvidos pelo juiz Sérgio Moro das acusações do Ministério Público Federal, os brasilienses Paulo Roxo, Valério Neves, Gim Argello Júnior e Dilson de Cerqueira foram isentados em definitivo, ontem, no TRF4.
Grana fácil fará falta
Passou bem no restaurante Piantella, ontem, um grupo de sindicalistas do Piauí que protesta em Brasília contra o fim da “contribuição” sindical, que paga a “mortadelas” em protestos de rua e banca almoços chiques.
Sanduíche de insultos
O ex-ministro José Dirceu passou vergonha em Brasília, dia desses, ao tentar saborear um hambúrguer numa lanchonete da QI 11 do Lago Sul, na companhia da filha de 6 anos. Foi demoradamente insultado.
Você quem paga
O governo alugou por US$20 milhões, em julho, um Boeing 767-300R com autonomia maior que o Airbus usado pelo presidente Michel Temer. A FAB não dá detalhes sobre o uso da rica aeronave.
Ainda há juízes no Brasil
Pedro Feu Rosa, desembargador do Tribunal de Justiça do Espírito Santo, prolatou um belo e indignado voto sobre a prescrição do assassinato do padre Gabriel Maire, no Estado: “Hoje é um dos dias mais tristes de minha vida! Um dia de negação de minha profissão”.
Fracasso de público
Atraiu pouquíssimas pessoas o lançamento do livro A diplomacia na construção do Brasil: 1750-2016, do embaixador Rubens Ricúpero, quarta (18), na Livraria Argumento, no Rio. Quase um vexame.
Tchau, queridos
O movimento Vem Pra Rua pretende finalizar este ano uma lista de deputados e senadores nos quais não votar nas eleições de 2018. A lista “Tchau, Queridos” é parceria com o site Ranking dos Políticos.
Pensando bem…
…se existisse candidato a presidente chamado Nenhum, estaria em 3º lugar, consistentemente, em todas as pesquisas de intenção de votos.

NO DIÁRIO DO PODER
Ministro Edson Fachin manda soltar aliado do ex-ministro Geddel Vieira Lima
Gustavo Ferraz foi preso junto com o Geddel Vieira Lima no dia 8 de setembro

Publicado quinta-feira, 19 de outubro de 2017 às 18:02 - Atualizado às 18:04
Da Redação
O ministro Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal, mandou soltar o advogado Gustavo Ferraz, preso junto com o ex-ministro Geddel Vieira Lima no dia 8 de setembro. Ferraz é suspeito de ser aliado do peemedebista e praticado crimes envolvendo a lavagem de dinheiro apurada no caso dos R$ 51 milhões descobertos em um apartamento em Salvador.
Fachin determinou que Ferraz permaneça em regime domiciliar e pague fiança estimada em 100 salários mínimos.
O pedido de revogação da preventiva de Ferraz foi feito pelos advogados Pedro Machado de Almeida Castro e Octávio Orzari em 14 de setembro.
A Polícia Federal encontrou digitais de Ferraz em uma parte do material encontrado no apartamento em Salvador.
À PF, Gustavo Ferraz disse que em 2012 recebeu dinheiro em espécie em São Paulo, destinado a Geddel. Ele presumiu que o dinheiro seria destinado a campanhas do PMDB da Bahia. À Polícia, o advogado afirmou que “se sentiu traído por Geddel, por ele ter ficado com o dinheiro que serviria para ajudar a campanha de inúmeros candidatos do PMDB nas eleições de 2012 da Bahia”.
Ele afirma que conheceu Geddel Vieira Lima e o deputado e irmão do ex-ministro, Lúcio Vieira Lima no final de 2009. Em 2012, o advogado teria recebido uma mensagem de texto de Geddel pedindo para levar a Salvador uma contribuição de campanha. Na época, segundo Gustavo Ferraz, o peemedebista disse que o dinheiro seria usado para campanhas de prefeitos e vereadores na Bahia.
No depoimento, Gustavo Ferraz diz não ter detalhes sobre o local e a pessoa que entregou a ele o dinheiro. Ele se dirigiu a um hotel em São Paulo, de lá caminhou algumas quadras até um escritório sem identificação e recebeu uma mala. Segundo disse à PF, em nenhum momento abriu a mala, mas percebeu que se tratava de uma grande quantia de dinheiro. “Que ficou até com medo, pois achou que seria um valor de contribuição pequeno e, pelo peso e tamanho da mala, percebeu que seria um valor alto ou maior do que imagina”, consta no termo de depoimento de Ferraz.
Um motorista levou o enviado por Geddel ao aeroporto de Congonhas e, de lá, o advogado pegou um voo privado a Salvador. Ele disse que não recebeu valores para prestar o serviço e levou os valores na casa do ex-ministro na Bahia. O advogado ajudou Geddel a tirar os pacotes plásticos com dinheiro. Segundo ele, eram pacotes com nota de R$ 100 e R$ 50, mas ele não soube dizer aos investigadores a quantia de dinheiro total.(AE)


NA VEJA.COM
Raquel Dodge cita Geddel como ‘líder de organização criminosa’
Procuradora-geral da República defendeu ao STF manutenção da prisão preventiva do ex-ministro, que continuará detido por decisão do ministro Edson Fachin

Por Estadão Conteúdo
Quinta-feira, 19 out 2017, 21h25
A procuradora-geral da República, Raquel Dodge, considerou que o ex-ministro Geddel Vieira Lima (PMDB) “parece” ter assumido a posição de líder de uma organização criminosa. Para Dodge, a prisão preventiva do peemedebista é “imprescindível” para a continuidade das investigações contra ele.
Geddel foi preso em julho por tentativa de obstrução à Justiça e colocado em prisão domiciliar dias depois. No último dia de setembro, contudo, o ex-ministro foi novamente preso preventivamente após a Polícia Federal encontrar o equivalente a 51 milhões de reais atribuídos a ele em um apartamento em Salvador.
Para Raquel Dodge, Geddel Vieira Lima “fez muito em pouco tempo”. “A sua defesa não tem razão quando afirma que a apreensão destes quase R$ 52 milhões não é causa suficiente para um novo decreto de prisão. Não há registro histórico no Brasil de apreensão maior de dinheiro e, ao que tudo indica, dinheiro público desviado e ocultado ilicitamente”, escreveu Dodge. Segundo a procuradora-geral da República, o “valor monumental” indica a gravidade do crime.
“A elevada influência desta organização criminosa evidencia-se, aos olhos da Nação, em seu poder financeiro: ocultou cinquenta e dois milhões de reais em um apartamento de terceiro, sem qualquer aparato de segurança, em malas que facilitaram seu transporte dissimulado. Este dinheiro seria apenas uma fração de um todo, ainda maior e de paradeiro ainda desconhecido”, segue Raquel Dodge.
Nas palavras da procuradora-geral, está sendo investigada uma “poderosa organização criminosa que teria se infiltrado nos altos escalões da Administração Pública, e que seria integrada, segundo indícios já coligidos, por um ex-ministro de Estado e o ex-presidente da Câmara dos Deputados”. A apuração que levou ao dinheiro escondido no apartamento em Salvador mira desvios na Caixa Econômica Federal, com suposta participação de Geddel e do ex-presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), preso em Curitiba.
A manifestação da PGR foi encaminhada ao Supremo Tribunal Federal (STF) após as defesas de Geddel Vieira Lima e do advogado Gustavo Ferraz, aliado do peemedebista, pedirem liberdade. O ministro do STF Edson Fachin manteve Geddel preso, mas substituiu a prisão preventiva de Ferraz por prisão domiciliar e pagamento de fiança.
A manutenção da prisão do ex-ministro gera apreensão no Palácio do Planalto, que teme que ele opte por uma delação premiada como estratégia de defesa e implique a cúpula do PMDB. O baiano ocupou a Secretaria de Governo do presidente Michel Temer até novembro de 2016.
A procuradora-geral da República apontou que o Ministério Público Federal e a Polícia Federal chegaram ao apartamento a partir da afirmação do delator Lúcio Bolonha Funaro de que entregou mais de 11 milhões de reais em espécie a Geddel. “Logo, a soma do dinheiro apreendido é muito superior às entregas de Funaro”, escreveu Raquel, que defendeu em manifestação que as investigações sobre o ex-ministro precisam prosseguir.
Para a PGR, em prisão domiciliar Geddel poderia “manter contatos, receber visitas, dar ordens e orientações que podem frustrar os objetivos das medidas cautelares nesta investigação”.
(Com Estadão Conteúdo)

Nuzman e Cabral se tornam réus por compra de votos na Rio-2016
Juiz Marcelo Bretas aceita denúncia do MPF contra ex-governador, ex-presidente do COB e outras quatro pessoas. Cabral é réu 16 vezes na Lava Jato

Por João Pedroso de Campos
Quinta-feira, 19 out 2017, 18h53 - Publicado em 19 out 2017, 18h31
O juiz federal Marcelo Bretas, responsável pelos processos da Operação Lava Jato no Rio de Janeiro, aceitou uma nova denúncia do Ministério Público Federal (MPF) contra o ex-governador do Rio de Janeiro Sérgio Cabral (PMDB). Com a decisão de Bretas, Cabral acumula 16 ações penais na Justiça Federal, todas abertas a partir de esquemas de corrupção durante sua gestão no governo fluminense, entre 2007 e 2014.
Além do peemedebista, serão julgados por corrupção o ex-presidente do Comitê Olímpico do Brasil (COB), Carlos Arthur Nuzman, o ex-diretor de marketing e operações do COB, Leonardo Gryner, o empresário Arthur César de Menezes Soares Filho, conhecido como “Rei Arthur”, o presidente da Associação Internacional das Federações de Atletismo (IAAF, na sigla em inglês), Lamine Diack, e o filho dele, Papa Massata Diack, ambos senegaleses. Em relação aos Diack, que vivem no exterior, Bretas desmembrou o processo.
Ao aceitar uma denúncia do MPF, o magistrado não faz juízo sobre o mérito da acusação e observa apenas se os procuradores reuniram indícios suficientes para que a ação penal seja aberta e os acusados sejam julgados, após a oitiva de testemunhas e a apresentação das defesas.
Carlos Nuzman e Leonardo Gryner foram presos temporariamente na Operação Unfair Play, que apura compra de votos pela candidatura do Rio de Janeiro a sediar as Olimpíadas de 2016. Gryner havia sido solto na semana passada e, nesta quinta-feira, o Superior Tribunal de Justiça (STJ) aceitou liminarmente um habeas corpus da defesa de Nuzman e determinou que a prisão dele seja convertida em medidas cautelares, ou seja, alternativas ao encarceramento.
Nuzman e Gryner são apontados pelas investigações da Lava Jato no Rio como intermediários do pagamento de 2 milhões de dólares a Lamine Diack entre o fim de 2009 e o início de 2010. Em troca do dinheiro, o senegalês votaria pela escolha do Rio como sede olímpica e ainda influenciaria outros membros africanos do Comitê Olímpico Internacional (COI) a fazerem o mesmo. Com a escolha da cidade, diz o MPF, o grupo político de Cabral teria novos meios de arrecadar propina, por meio de obras ou contratos de prestação de serviço.
Conforme as apurações, o pagamento a Papa Diack no exterior foi feito por Arthur Soares, cujas empresas chegaram a ter 3 bilhões de reais em contratos com o governo do Rio de Janeiro durante a gestão de Sérgio Cabral. Também alvo da Unfair Play, “Rei Arthur” vive em Miami e é considerado foragido pelas autoridades brasileiras.
A quebra de sigilo bancário de Papa Diack pelo Ministério Público da França mostra que sua conta no Senegal Génerale Banques recebeu outros quatro depósitos, que variaram entre 50.000 dólares e 80.000 dólares e totalizaram 250.000 dólares. Os aportes foram feitos pelo doleiro Willy Kraus, que tinha uma casa de câmbio no Rio de Janeiro e morreu em novembro de 2015.
Na denúncia aceita por Bretas, os ex-dirigentes do COB são equiparados a funcionários públicos, já que geriam recursos públicos na instituição e no comitê organizador das Olimpíadas e representavam o Brasil em eventos esportivos internacionais. “Onde existe verba pública, existe dever de probidade e existe a responsabilidade daqueles que a gerem, podendo, portanto, ser responsabilizados quando atuarem em contrariedade ao que determina a lei”, afirmam os procuradores do MPF.
Além do crime de corrupção, Carlos Arthur Nuzman será julgado pelos crimes de organização criminosa, lavagem de dinheiro e evasão de divisas. As acusações são baseadas em uma declaração retificadora dele à Receita Federal, na qual o dirigente incluiu valores em euros, dólares, libras esterlinas e francos suíços, além de 16 barras de ouro de um quilo cada, avaliadas em 1,4 milhão de reais e depositadas na Suíça. Leonardo Gryner também é acusado do crime de organização criminosa.

PF aponta 43 ligações entre Aécio e Gilmar Mendes em dois meses
Uma delas ocorreu no dia em que ministro suspendeu depoimento do senador em investigação; magistrado é relator de quatro inquéritos contra o tucano no STF

Por Estadão Conteúdo
Quinta-feira, 19 out 2017, 21h48
Relatório da Polícia Federal apontou que o senador Aécio Neves (PSDB-MG) e o ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF), realizaram 43 chamadas telefônicas via WhatsApp entre si no período de 16 de março a 13 de maio deste ano.
De acordo com duas tabelas anexadas pela PF ao relatório, referentes a dois celulares de Aécio, teriam sido 38 chamadas com um celular do tucano e cinco com outro, dentro desse período de tempo. Do total de 43, 20 tiveram “zero segundo” de duração, sugerindo que não foram completadas. Outras 23 tiveram duração de tempo que variou entre alguns segundos e oito minutos.
Apesar de destacar a “frequência de contato”, o relatório diz que essa informação não tem relação com os conteúdos em investigação na Operação Patmos, iniciada na delação da J&F, da qual o tucano é alvo.
A PF destacou que Gilmar é relator de quatro inquéritos contra Aécio no STF e frisou que ao menos uma das ligações foi feita em um dia no qual o ministro deu uma decisão que suspendeu um interrogatório pelo qual o investigado deveria passar no dia seguinte.
“Não é possível conhecer a finalidade ou o contexto em que houve essas ligações, restando tão somente evidenciada a frequência de contato entre as autoridades em questão”, observou inicialmente a PF no relatório encaminhado ao STF como parte das análises realizadas na Operação Patmos.
Segundo a PF, “algumas dessas ligações, ou simples tentativa, ocorreram no dia 25/04/2017, mesma data em que o ministro Gilmar Mendes deferiu monocraticamente requerimento do senador Aécio Neves, relativo à suspensão de interrogatório que seria realizado nesta Polícia Federal no dia seguinte, 26/04/2017, nos autos do Inquérito 4244-STF, conforme se verifica em tela de acompanhamento processual daquela Suprema Corte”.
A PF faz a ressalva de que não é possível afirmar que as ligações feitas no dia 25 de abril tenham relação com o requerimento feito por Aécio na mesma data pedindo a suspensão do interrogatório. Mas, segundo a PF, “é de se destacar a coincidência desses contatos”.
“No material analisado, embora sem conteúdo probatório correlacionado aos fatos sob investigação [Operação Patmos], destacam-se os registros verificados nos aparelhos celulares utilizados pelo senador Aécio Neves, nos quais se evidencia os seus contatos frequentes com o ministro do STF Gilmar Mendes, relator de quatro inquéritos em que ele aparece como investigado”, diz na conclusão o agente da PF Morais Cezar da Mota Furtado.
O relatório também citou que o número do empresário Joesley Batista, delator do Grupo J&F, estava na agenda do celular de Aécio e pontuou que houve um chat entre o tucano e o empresário. De acordo com a PF, o conteúdo não está disponível.
Outro lado
Procurado por meio da assessoria de imprensa, o ministro Gilmar Mendes ainda não se manifestou sobre o assunto. A defesa de Aécio afirmou que o tema dos diálogos era a reforma política.
“O senador Aécio Neves mantém relações formais com o ministro Gilmar Mendes e, como presidente nacional do PSDB, manteve contados com o ministro, presidente do TSE [Tribunal Superior Eleitoral], para tratar de questões relativas à reforma política. Ressalte-se que pouco mais da metade das ligações citadas foram completadas, conforme consta do relatório da PF. Ocorreram também reuniões públicas para tratar do tema, com a presença do presidente da Câmara e presidentes de outros partidos. O senador Aécio é autor de uma das propostas aprovadas no âmbito da reforma política”, disse o advogado do tucano, Alberto Zacharias Toron.
O advogado destaca que a decisão de Gilmar que suspendeu a oitiva do senador foi resultado de petição protocolada pelos advogados, de acordo com a súmula 14 do Supremo. “Tal decisão encontra-se em harmonia com a pacífica orientação do STF e vai na linha de inúmeras outras decisões de outros ministros no mesmo sentido. Essa questão foi tratada pelos advogados junto ao tribunal, não tendo sido objeto de contato do senador com o ministro. A oitiva foi realizada poucos dias depois”, afirmou o advogado.

Gilmar Mendes derruba prisão de sócio de Eike, e Bretas reage
Novo embate entre juiz responsável pela Lava-Jato no Rio e o ministro do Supremo

Por Ernesto Neves
Quinta-feira, 19 out 2017, 22h00 - Publicado em 19 out 2017, 18h00
O ministro do Supremo Tribunal Federal, Gilmar Mendes concedeu habeas corpus a Flavio Godinho, ex-vice-presidente do Flamengo e apontado como braço direito de Eike Batista. Com isso, Godinho poderá deixar a prisão domiciliar.
Nos autos em que informa a liberação, o juiz Marcelo Bretas, responsável pela primeira instância da Lava-Jato no Rio, aproveitou para alfinetar a decisão de Gilmar.
Segundo Bretas, sua decisão cautelar de manter Godinho em recolhimento domiciliar havia sido confirmada pelos “Colendos e Respeitáveis Tribunal Regional Federal da 2ª Região e Superior Tribunal de Justiça, ambos de inquestionável honorabilidade”.
Bretas também disse que Godinho não precisará comparecer em juízo periodicamente “por entender se tratar de medida ineficaz” após a liberação concedida por Gilmar.


NO O ANTAGONISTA
A ética de Aécio, Gleisi e Lindbergh
Brasil Sexta-feira, 20.10.17 07:46
O melhor amigo do PT é o PSDB. E o melhor amigo do PSDB é o PT.
Aliados de Aécio Neves, diz Andreza Matais, “fizeram chegar ao PT o recado de que, se insistirem com processo contra ele no conselho de ética, o troco será dado com representações contra Gleisi Hoffmann e Lindbergh Farias”.
Moro apagou a luz
Brasil 20.10.17 07:39
Sergio Moro condenou o operador do PMDB, Jorge Luz, a treze anos e oito meses de cadeia.
Seu filho, Bruno Luz foi condenado a seis anos e oito meses.
Lava Jato ainda está viva
Brasil 20.10.17 07:07
A PF cumpre um mandado de prisão temporária relacionado aos pagamentos de propina da Odebrecht em contratos da Petrobras.
Há também um mandado de condução coercitiva e quatro de busca e apreensão.
Propina em Pasadena
Brasil 20.10.17 07:21
Luis Carlos Moreira da Silva foi preso preventivamente pela Lava Jato.
Ele é acusado de receber propina na compra de Pasadena.
Gerente da Petrobras na época da negociata, ele já havia sido preso em 2015.
Tks, Gilmar
Brasil 20.10.17 06:53
Uma das conversas entre Gilmar Mendes e Aécio Neves por meio de WhatsApp ocorreu em 25 de abril, “mesmo dia em que o ministro suspendeu um depoimento que Aécio iria prestar à PF”, diz O Globo.
A reportagem lembra que “Gilmar é o relator de quatro inquéritos que investigam Aécio Neves e que tramitam no Supremo”.
O velho roteiro
Brasil 20.10.17 06:30
A reportagem de capa da Veja trata das manobras no Congresso Nacional e no STF para enterrar a Lava Jato.
O roteiro é conhecido:
O projeto de abuso de autoridade, na semana que vem.
O golpe na lei da delação premiada.
O impedimento da prisão de condenados em segundo grau.
O furacão Gilmar Mendes
Brasil 20.10.17 06:45
A Veja diz que “Gilmar Mendes era favorável à prisão em segunda instância quando o PT estava no olho do furacão.
Agora, com tucanos no centro das investigações, Mendes não pensa mais assim”.

E pior do que isso: Gilmar Mendes passou a proteger o próprio PT, inocentando Dilma Rousseff no TSE e tentando salvar Lula da cadeia.
Tic tac, Lava Jato
Brasil 20.10.17 06:14
Tic tac.
Era o que O Antagonista dizia antes que criminosos ilustres fossem presos pela Lava Jato.
Agora o tic tac mudou.
Os criminosos ilustres viraram o jogo e estão prestes a prender a própria Lava Jato.
Doze ligações de Roberto Teixeira para Glaucos
Brasil Quinta-feira, 19.10.17 21:29
O Ministério Público Federal apresentou hoje a Sérgio Moro um relatório apontando ligações telefônicas entre Roberto Teixeira e Glaucos da Costamarques.
Segundo os procuradores, foram 12 ligações do advogado e compadre de Lula para o empresário e primo de José Carlos Bumlai entre novembro e dezembro de 2015, quando Glaucos estava internado no Sírio-Libanês.
Para a força-tarefa da Lava Jato, Glaucos é laranja de Lula: o ex-presidente seria o verdadeiro dono do apartamento vizinho ao seu em São Bernardo, pago pela Odebrecht.
A defesa do petista alega que o imóvel foi locado a Marisa Letícia. Para comprovar a tese, apresentaram uma série de recibos com erros de data e de grafia.
“Os elementos ora trazidos [as ligações] vêm a corroborar a narrativa feita por Glaucos da Costamarques a respeito de ter sido contatado por Roberto Teixeira, durante a internação, período em que o contador João Muniz Leite compareceu ao hospital levando recibos para a colheita de assinaturas referentes à simulada locação do apartamento 121”, escreveu o MPF.
‘Democracia até demais’ firme e forte na Venezuela
Mundo 19.10.17 21:12
Nicolás Maduro ameaçou destituir os governadores de oposição eleitos no domingo passado se não acatarem a “Assembleia Constituinte” convocada por ele e controlada pelo chavismo.
“Quem não se submeter à autoridade da Assembleia Nacional Constituinte não poderá assumir. É simples: têm que acatar, sim ou sim”, declarou o ditador.
A “Constituinte” foi o meio de Maduro jogar no lixo os votos no Parlamento de maioria oposicionista. E a MUD, aliança oposicionista, acusa o chavismo de fraude nas eleições estaduais, feitas sem observação internacional independente.
É essa a “democracia até demais” que o PT continua louvando.
Lula pede suspeição de Moro. Sim, de novo
Brasil 19.10.17 20:32
Há três coisas certas no Brasil: morte, impostos e advogados de Lula pedindo a suspeição de Sérgio Moro porque alegam que o juiz federal é “parcial”.
Cristiano Zanin tentou de novo, no processo em que o petista é acusado de receber R$ 12,5 milhões em propina da Odebrecht.
A Oitava Turma do TRF-4 negou o pedido por unanimidade.
Os encontros públicos e institucionais de Gilmar
Brasil 19.10.17 20:27
Gilmar Mendes disse que “manteve contato constante” com presidentes de partidos, incluindo o tucano Aécio Neves, para discutir a reforma política.
Segundo o ministro do STF e presidente do TSE, essa é a justificativa para as 43 conversas via WhatsApp que, de acordo com a PF, ele teve com Aécio entre março e maio deste ano.
Em nota, o TSE afirmou que o contato entre os dois em abril foi para discutir a Lei do Abuso de Autoridade e que “os encontros e conversas do ministro Gilmar Mendes são públicos e institucionais”.
Na PF, advogado ‘sumiu’ e Geddel ficou calado
Brasil 19.10.17 19:41
Geddel Vieira Lima ficou calado e não prestou esclarecimentos à PF sobre os R$ 51 milhões encontrados no bunker de Salvador no dia em que foi preso, 8 de setembro.
Segundo o ex-ministro de Lula e Temer, seu advogado “sumiu” no dia. Só apareceu no fim da audiência, quando as perguntas já tinham sido feitas.
O sigilo do inquérito referente aos R$ 51 milhões foi retirado por Edson Fachin.








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